fetiche,, sapatos e seus sabores,,

Sapatos, este eterno fetiche!

Não é de hoje que as mulheres morrem de amores por sapatos, os olhos vidrados do lado de fora da vitrine cobiçam aquele que um dia poderá estar aos seus pés

Dorothy só conseguiu voltar para casa por causa deles. Se não colocar o seu na janela, não recebe presente no Natal. Cinderela só casou com o príncipe porque deixou o seu para trás. Depois de passar toda a infância ouvindo essas histórias, como não adorar sapatos?

Carrie, personagem de Sarah Jessica Parker no seriado "Sex and the City", ficou arrasada quando descobriu ter gasto dinheiro suficiente para comprar um apartamento em pares e pares do designer Manolo Blahnik. Carmem Miranda, que tinha insônia e pés número 32, costumava passar as noites em claro bordando os calçados que usava em suas aparições. E a mulher do ditador filipino Ferdinand Marcos, Imelda, aplicou grande parte do dinheiro desviado dos cofres públicos em uma coleçãozinha "básica" de mais de mil pares.

Nossos queridos sapatos
Mas o que essa mania quer dizer sobre nós? O psicólogo Charles Rojtenberg acha que o amor por sapatos é apenas uma extensão da vaidade, seja ela feminina ou masculina: "A mulher sempre se preocupou com a sua aparência e usa a vestimenta para expressar sensualidade. Nada mais natural para alguém que não gosta de repetir roupas ter uma série de sapatos diferentes. E isso não é só uma característica feminina, muitos homens gostam de ter tipos diferentes de sapatos e tênis".

Ida Helena Thon, historiadora do Museu Nacional do Calçado, acha que o amor por sapatos também nasce do nosso pecado favorito, a vaidade. "Um bom salto deixa as pernas das mulheres mais bonitas, as batatas mais realçadas. Também corrige a postura e torna o andar mais elegante", disse.

Breve história dos calçados
Os calçados surgiram da necessidade de proteger os pés de pedras, galhos ou neve. "Os primeiros foram descobertos na região da Mesopotâmia e eram parecidos com botas", contou a historiadora Ida Helena Thon.

Mudanças nos sapatos ocorreram seguindo a necessidade de quem os calçava. O salto foi colocado nos sapatos de agricultores do Afeganistão para que não estragassem as mudas ao passar por elas. "Prostitutas da Grécia colavam nas solas uma seta. Dessa forma, os clientes podiam seguir as pegadas e descobrir onde as moças estavam", comenta a historiadora.

Desde cedo o sapato que se usava dizia de que camada social você era. "Os nobres egípcios usavam sandálias de dedo enfeitadas com ouro e pedras preciosas. Durante o reinado da Rainha Vitória na Inglaterra foi proibido o uso de saltos para que ninguém ficasse mais alto que a regente mignon", comenta Ida, bem-humorada.

No século 17 o rei francês Luis XV introduziu a moda de saltos para gentis- homens, informou Ida: "As pessoas usavam os sapatos com pontas de até 50cm. Querendo se diferenciar, o rei criou uma multa para quem usasse a ponta de sapato maior que a dele, mas só conseguiu risadas".

Foi apenas em meados do século 19 que surgiu a indústria do calçado. No Brasil, ela começa na última década do século com a instalação da fábrica de Pedro Adam Filho em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul.

"A indústria de calçados era tão próspera que já em 1913 Novo Hamburgo tinha iluminação pública", contou a historiadora. O Brasil já foi o maior exportador de calçados no mundo, mas perdeu o posto para a China. Atualmente, vendemos para o resto do mundo 650 milhões de pares.

Finalmente na década de 50 os estilistas italianos e franceses decidiram que o sapato devia ser mais que um simples acessório e é transformaram este grande favorito em parte integrante do visual das passarelas. E haja espaço para guardar nossos pares!

Curiosidades do mundo dos pés
- Na cultura Iorubá, o nível de realeza era indicado pela quantidade de contas e padrões nas botas.
- Maria Antonieta tinha 500 pares de sapatos e um empregado cujo único trabalho era catalogar os pares por cor, data e estilo.
- Os tamancos de madeira holandeses eram usados para tampar os buracos onde se colocavam os bulbos de tulipa. Na China, usava-se plataformas altíssimas para catar laranjas.
- No auge do período Vitoriano na Inglaterra, as mulheres deviam usar saias que tocavam o chão e botas de cano alto para que nenhum pedaço de carne ficasse descoberto.
- Foi somente entre 1801 e 1822 que foram feitos na Filadélfia, nos Estados Unidos, os primeiros pares de sapato com pé direito e pé esquerdo. Antes o molde era o mesmo para os dois lados!
- Os aborígenes australianos que andavam descalços davam aos seus carrascos sapatos de cabelos humanos e penas de emu para que eles não fossem reconhecidos
- Depois de ficar fora de moda por quase mil anos, as sandálias caíram no gosto das mulheres nos anos 1920.
- Pelo menos 88% das mulheres já comprou alguma vez sapatos um número menor do que o tamanho do seu pé.
- Na Hungria, o noivo faz um brinde à noiva e bebe de seu sapato.
- A numeração de sapatos foi criada pelo rei inglês Eduardo I, que determinou que uma polegada era igual a três grãos de cevada alinhados.
- Na China, um dos sapatos vermelhos da noiva é jogado do teto da casa para garantir a felicidade do casal.
- Nos EUA sapatos são amarrados atrás do carro dos noivos para lembrar os dias em que o pai dava ao noivo um sapato da filha como um símbolo de troca de protetor.
- Quando escreveu "O Mágico de Oz" no começo do século 20, L. Frank Baum imaginou sapatos prateados para Dorothy. Foi o roteirista do filme, Noel Langley, que os transformou nos sapatos de rubi, já que a cor prata não iria se destacar tanto na telona. Seis pares foram feitos para o filme e quatro ainda existem. Um deles está no museu Smithsonian e outro nos estúdios Disney/MGM. Um outro par foi vendido em um leilão da Christie's por U$165 mil.

Se você é apaixonada por sapatos, delicie-se nesta galeria incrível do Museu Nacional do Calçado

E para quem ama moda mas tem suas duvidas nada melhor do que passar no site da DAKOTA, onde ha dicas de como usar bem esse nosso objeto de desejo. Mais o mais encantador do site que e um papo bem aberto entre quem fabrica e quem deseja essas joia rara,

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